Gosto do meu mundinho. Ele é cheio de surpresas, palavras soltas e cores misturadas. Ás vezes tem um céu azul, outras tempestades. Lá dentro cabem sonhos de todos os tamanhos. (C.F.A)

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Um minuto de silêncio

Pelas vítimas da chacina da candelária.
Pelas vítimas das bombas atômicas.
Pelos que morrem de fome e AIDS na áfrica.
Pelos que morrem nas guerras ‘contra o terror’.
Pelas crianças do Realengo.
Um minuto de silêncio para mostrar nossa impotência, e aceitação diante da violência. Para mostrar que ao invés de gritar nos calamos.
Um minuto de silencio, não os trará de volta. Não apagará as dores. Não fará justiça.
Chuvas de pétalas não apagaram a chuva de balas, a chuva de lágrimas, a chuva de sangue.
Há quem diga que a justiça foi feita no caso do Realengo, afinal, o assassino está morto.
NÂO! A justiça não foi feita. A justiça só se fará quando nenhuma criança mais morrer de forma violenta, de fome, de frio, quando nenhuma criança mais for molestada, maltratada ou tiver sua infância roubada.
A justiça será feita quando se tornar inimaginável que um homem entre em uma escola atirando e matando o futuro, esperança... Matando crianças.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Eu quero a sensação de não ter palavras diante de alguém, de não ter palavras e de perder o fôlego e...
Ah! Eu quero! Quero e muito a sensação de perder o chão, perder o prumo.
Quero a insensatez de cometer um desatino só para no meio de uma tarde poder te ver.
Quero um telefonema na madrugada e alguém dizendo 'só queria ouvir sua voz'.
Quero um 'eu te amo' sussurrado com uma voz rouca enquanto fazemos amor.
Quero sorri em horas impróprias por me lembrar das nossas brincadeiras.
Quero que seja tão menino quanto eu, ria, brinque e me faça cócegas.
Quero alguém que me ensine algo, e que aprenda comigo. Que me mostre que o 'pra sempre' não é coisa só de contos fadas.
Quero que sonhe comigo e realize comigo seus sonhos, mas que me deixe realizar os meus.
Quero que me peça e me dê colo, carinho, dengo.
Quero que chore quando quiser e sorria quando lhe apetecer.

Quero que diga verdades, mesmo que eu não goste delas, mas que precisam ser ditas, e que saiba ouvir verdades tambem.
Quero que minta e diga como eu estou linda sempre.
Quero que me peça, que me entrgue... que se entregue.
Quero que deixe eu me mostrar pra você, e se mostre, de verdade, pra mim.
Quero que seja feliz, contente, alegre ou o que quiser ser, e que me deixe ser também o que eu quiser, independente do que você seja.
Quero que me ajude a somar e descobrir que um e um somos dois em um.
Quero... tanto e tantas coisas.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Quando eu quis que você se calasse, você continuou dizendo palavras e mais palavras e o som da sua voz me causava arrepios e fazia minha cabeça rodar.
Eu não conseguia fazer você entender que quando se trata de sentimentos algumas palavras são desnecessárias.
Quando eu queria que você falasse, por que precisava de um conselho seu ou pelo simples fato de querer ouvir sua voz. Você se calava.
Me fazia passar horas tentando imaginar o que se passava na sua cabeça e como eu poderia estar nela.
Eu tinha ciúme dos seus pensamentos e tinha medo por que na minha opinião, eu nunca estava neles.
Eu me perguntava até onde eu iria por você ou até onde você iria por mim. Mas nunca me fiz a pergunta que mais importava: Até onde iríamos por nós dois?
Você tinha sua vida e eu a minha, e deveria continuar assim, por que dois é um mais um.
Eu vivia tentando entender o que era certo e acabei não entendendo que não cabia a um julgar o que era certo e errado entre dois.
E eu errei por que eu nunca lhe pedi que se calasse, eu nunca pedi que falasse, eu nunca perguntei a você o que você pensava, eu nunca te perguntei até onde você iria por nós, eu nunca perguntei a você a sua opinião sobre certo e errado.
Por que? Eu errei porque eu queria agradá-lo, queria que vc pensasse que estava tudo sempre bem enquanto eu me rasgava por dentro. Não perguntava, não falava, não pedia. Sussurrava. Sons pálidos, cinzas, que passaram desapercebidos por você no alto do seu egoísmo. Afogados na idéia de que não falar era aceitar e equalizar as coisas a um nível equilibrado. Mas não era. Era esconder.
Então aconteceu. Eu comecei a ficar tão centrada em ser perfeita que comecei a tapar meus olhos para os seus erros, comecei a não enxergar e. principalmente, não sentir a dor que vc me causava.
Foi então que eu entendi que: Quanto mais tentamos ser perfeitos para alguém, menos reconhecimento e mais cobrança temos.