Gosto do meu mundinho. Ele é cheio de surpresas, palavras soltas e cores misturadas. Ás vezes tem um céu azul, outras tempestades. Lá dentro cabem sonhos de todos os tamanhos. (C.F.A)

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Sobre saudade...
Depois que você se foi deixei de ser poesia, pois era você, o poeta que me escrevia. O meu quadro, tão colorido, adotou um tom abusivo de cinza. A minha nota desafinou, algo entre o dó e o mi, com um que de lá.
Sem você aqui eu me perdi. Te e me. Eu e tu. Perdidos um do outro e não mais um no outro. Nem as estrelas, que você tanto gostava de me mostrar, consigo ver.
Tudo no mundo se tornou uma sombra, um contorno pálido, num tom sépia e outras vezes cinza, do que foi um dia.
Era você quem coloria, mas como um sol que se apaga, você se foi.

 Algumas pessoas dizem que quando alguém morre sua aura, alma, essência, ou o equivalente a isso, se dissipa e volta a ser parte do todo.
Me enciúma essa história. Queria você sendo parte apenas de mim.
Queria que você estivesse aqui, mesmo que não de corpo presente, e me colorisse, me musicalizasse, e me recriasse, como sempre fazia.

domingo, 5 de janeiro de 2014


Se eu tivesse a certeza ou a fé de que iria dar certo, eu engoliria o choro. Esse mesmo choro que tá entalado aqui e que me sufoca. Ele agora escapa por minha boca e escorre por meus lábios, mudo, imundo. Suja meu rosto e me denuncia, me marca com suas marcas de sal, lágrimas. Se eu soubesse que no fim a dor sumiria e eu esqueceria toda a dor que senti, eu seria mais forte, por saber que tem um fim. Mas não tenho a fé e a esperança necessárias para acredita que tudo vai melhorar.
Ainda assim tento guardar tudo aqui dentro, sem explodir, por que sei que chorar e bater o pé não vai mudar nada. 
Estarei no mesmo lugar, com a mesma dor e sem seu sorriso.
Engulo mais uma vez o choro, como já fiz tantas outras, mas isso não arrefece meu desespero, pelo contrário, me encharca dessa lama imunda chamada saudade e aos poucos me afogo em tudo isso que guardo em mim.
E quando essa barreira se romper? Quando eu me cansar e entregar os pontos? Quem vai me abraçar e dizer que vai ficar tudo bem?

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Eu fui sua. 
Sempre e por inteiro. E quando eu achava que iria desistir, segurava sua mão e me entregava um pouco mais. Mais além de tudo o que já era sua.
Completa e irremediavelmente entregue.
Sua.
E mesmo sem saber se iria te encontrar e segurar sua mão no dia seguinte, só botava minha cabeça no travesseiro depois de agradecer o tempo maravilhoso que tivemos juntos e a oportunidade de ter tido vc pra me chamar de minha.
Guardo tudo. Cada segundo. Cada sensação, cheiro, som...
A ultima vez que segurei sua mão entre as minhas. 
Suas mãos que no fim eram tudo e apenas o que restava de você. Mãos as quais eu me agarrava como se fossem tábuas de salvação, e eram. Vc me salvou de nunca saber o gosto de um amor verdadeiro. Me salvou e continua me salvando. A cada dia. Mesmo hoje, que nem sua mãos tenho mais, você me salva.
Mãos. Que vi em posição de oração, mãos que davam carinho. E prazer.
Mãos que eram suas em mim e minhas em você. Mãos que não me acenaram adeus. A mão que carregava uma aliança com meu nome. Não as terei mais. Nunca mais as terei.

sábado, 9 de fevereiro de 2013


Antes era um sentimento genérico  Eu sentia falta de estar com alguém, agora é uma coisa mais aguda e direcionada. Sinto falta dele. Aquele sorriso de menino, a voz meio rouca, o abraço apertado. E o cheiro? Aquele cheirinho bom que ficava em mim e me confortava, mesmo depois de ele ir embora. Eu sinto falta de tanta coisa, sinto necessidade de tanta coisa...
Dói saber que ele tem o mesmo sentimento, que sente minha falta e queria estar junto, pelo menos é que ele diz.
Temos nossas marcas e cicatrizes de outras lutas, concepções ideais e planos, que foram moldados no que já vivemos e que de jeito nenhum podem ser apagados. Tivemos uma vida antes de nos encontrar e o mundo acabou fazendo de nós pessoas, ás vezes frias, ás vezes cínicas e ás vezes cabeça dura demais.
Depois de viver e passar por muita coisa aprendi que o amor não supera tudo, superar quer dizer deixar pra trás e não permitir que aquilo te atinja de novo. Mas como deixar pra trás algo que moldou nosso caráter?
Estar com alguém  significa fazer sacrifício do tipo fechar os olhos para algumas coisas, e até ai é fácil, mas não há como fechar o coração e apagar lembranças, e desviver coisas. Fingir que algo não existe, não vai fazer com que ela deixe de existir, dizer que superou antigas mágoas, não apaga as cicatrizes.
Amar não significa aceitar o que o outro é.
Querer estar junto, não significa, aceitar toda a bagagem do outro.
Apaixonar-se não significa abdicar de todos os seus planos e ideais para que o outro caiba na sua vida.
Você tem de entender que o passado não pode ser apagado. Apesar de querer estar junto você sabe que aquela pessoa precisa de um espaço na sua vida que você não pode ceder. Quando isso acontece, apesar da dor, é melhor dizer adeus, ás vezes um final feliz não é bem o que a gente imagina, mas é melhor o fim de uma historias com muitos bons momentos que mais cicatrizes pra carregar...

terça-feira, 6 de novembro de 2012
























Olha só seu, vou lhe contar um negócio, tem um monte de coisas enchendo a minha cabeça enquanto meu coração tá vazio... Então se avie seu moço e apareça, traga meu sorriso que sei que vem contigo e ocupa esse lugar vazio.
Não chegue de repente, por que de repente esse coração não aguenta, por tanto tempo que esteve parado. 
E já venha me desculpando pelos erros que eu cometer, é que ando meio destreinada com essas coisas de bem querer.
Deixe eu ouvir seus passos se aproximando que é pra eu ir me acostumando com sua chegada. Quando chegar apenas segure minha mão e sorria pra mim. Será um presente inesquecível.
E por favor, por favor, não vá embora de repente, já sinto sua falta antes mesmo de você chegar... imagine se partir...