Sobre saudade...
Depois que você se foi deixei de ser poesia, pois era você,
o poeta que me escrevia. O meu quadro, tão colorido, adotou um tom abusivo de
cinza. A minha nota desafinou, algo entre o dó e o mi, com um que de lá.
Sem você aqui eu me perdi. Te e me. Eu e tu. Perdidos um do
outro e não mais um no outro. Nem as estrelas, que você tanto gostava de me
mostrar, consigo ver.
Tudo no mundo se tornou uma sombra, um contorno pálido, num
tom sépia e outras vezes cinza, do que foi um dia.
Era você quem coloria, mas como um sol que se apaga, você se
foi.
Algumas pessoas dizem
que quando alguém morre sua aura, alma, essência, ou o equivalente a isso, se
dissipa e volta a ser parte do todo.
Me enciúma essa história. Queria você sendo parte apenas de mim.
Queria que você estivesse aqui, mesmo que não de corpo presente, e me colorisse, me musicalizasse, e me recriasse, como sempre fazia.
Me enciúma essa história. Queria você sendo parte apenas de mim.
Queria que você estivesse aqui, mesmo que não de corpo presente, e me colorisse, me musicalizasse, e me recriasse, como sempre fazia.
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